segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

sem título.

conhecia-a perfeitamente. não tinha qualquer dúvida. desde o rasgo mais vergonhoso da sua personalidade até ao caracol mais rebelde do seu cabelo (que ela teimava em esticar e contra o qual travava inglórias batalhas, porque ele acabava sempre por vencer).
eles não sabem o que é o amor. na verdade, ninguém consegue defini-lo com exactidão. alguns poetas dão-lhe cor, mas apenas isso. portanto, eles não sabem o que é o amor. mas sabem que estão muito perto dele.

sábado, 15 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

dicas de Natal.

com crise ou sem crise, a altura do Natal é sempre uma dor de cabeça: queremos oferecer bom e barato. e é por isso que tenho o dever de partilhar convosco uma uma dica que pode ser muito útil: a participação em passatempos.
fiquem atentos aos sites na internet, às páginas de facebook... há muita gente a oferecer muita coisa que podem, obviamente, usar para oferecer.
a minha partilha de hoje vai para "The Pink Leather Jacket". criou um mega passatempo com um montãoooooooooo de ofertas! para participarem só têm de clicar aqui e seguir as instruções! super simples, ah? :)
se alguém ganhar alguma coisa graças a ter lido este meu post, vou querer saber t-u-d-i-n-h-o! combinado? :)

domingo, 25 de novembro de 2012

nem sempre. às vezes.

nem sempre o que é certo é certo. por muito que esteja certo. e que nos digam que é certo.
nem sempre o que está garantido está garantido. por muito que esteja garantido. e que nos digam que está garantido.

às vezes, bem lá no fundo, ela tem medo. de perder tudo. (porque já esteve perto). e é por isso que precisa sempre de ter a certeza, de estar garantida. precisa que ele lhe diga mas precisa bem mais que lhe mostre.

às vezes, está de chuva. e está escuro. e não há melhor altura - garante ela - para voltar ao porto de abrigo. para voltar. a ele.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

5 minutos que páram vidas.



foram dos 5 minutos mais longos da vida dela...
quando temos notícias inesperadas, parece que o tempo pára: demora-se mais nos segundos do que nas horas, as palavras perdem-se e a expressão facial fica estranhamente serena. (como uma bomba-relógio).
de repente, é como se ela saísse deste Mundo e fosse para uma dimensão paralela. e ela jura que consegue ver, perfeitamente, a vida das outras pessoas a acontecer enquanto a dela estagna.
tinham-na ensinado que ninguém pode estar à janela e ver-se passar na rua. mas ela, pelos vistos, pode.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

há dias assim.

quem te me levou?
           roubou-me a alma.
mas de ti não sabe nada. 

domingo, 4 de novembro de 2012

um dia perfeito para ser perfeito.


chegou um bocado mais tarde do trabalho. até podia ter saído a horas mas, na verdade, como ele não estava, não fez questão.
entrou em casa e naquele domingo - mais do que nunca - foi como se tivessem entrado os dois: preparou o lanche e deitou-se no sofá em frente à televisão para ver um filme. foi buscar uma manta, descalçou-se e, com uma chávena de chá na mão, pôs-se ouvir a chuva a cair. pinga atrás de pinga. estar em casa começava a ter outro sabor. pinga atrás de pinga. estava aberta a época da paz, em que não é preciso muito para se ser plena. pinga atrás de pinga. bastava que no armário não faltassem saquinhos de chá e bolachas.
mas faltou-lhe ele. a mão dele na dela; os sustos que ele lhe prega enquanto ela, na cozinha, prepara refeições para os dois; os abraços que ele lhe dá e que ela acha sempre que não vai sobreviver e vai rebentar por se esmagarem tanto; as gargalhadas e as teorias dele; a cara que ele faz de cada vez que lhe está a contar alguma coisa e ela o interrompe, distraída; o tentarem perceber o motivo de gostarem cada vez mais um do outro.
afinal, começara a ter horário para passar tardes com ele, com a chuva e 4 pés a saírem debaixo da manta. mas... para quê?
o dia era perfeito para ser perfeito. mas não foi. porque ele não estava com ela.

domingo, 28 de outubro de 2012

arrumar.

pensar de novo sobre;
aprender o lugar certo para as pessoas e o nosso próprio lugar;
é ficar tudo de pantanas quando ainda há pouco, estava tudo nas gavetas;
arte que se pratica melhor quando se está só.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

poema ao facebook






se tens algo para partilhar
(quer seja público ou particular),
tem cuidado ao postar!
não podes deixar de te lembrar,
que qualquer pessoa pode ver (e até gostar),
comentar, concordar ou reclamar:
- o teu patrão pode visionar;
(e o teu emprego por um fio ficar)
- o namoro ou o casamento acabar;
- e inimigos podes ganhar.
uma palavra em falso ou uma fotografia sem pensar
e areias movediças estarás a pisar.
evita os clichés em particular
e a atenção para as tuas maleitas não tentes chamar!!
fotos em bikini tornam-te vulgar;
a morada e os dados pessoais fazem de ti um alvo particular;
(porque na rua com um letreiro na testa (suponho) não deves andar.)
por isso, se o teu mural queres agitar
partilha uma música ou algo original e interessante, para variar.
não me interessa onde vais ou com quem vais estar;
ou o que o teu namorado te fez passar;
interessa-me que de interessante não tenhas só o ar
e o conteúdo seja a prioridade para aquilo que nos queres passar.

domingo, 21 de outubro de 2012

music.


a música veio ao Mundo para nos arrepiar. ámen. <3>

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SIM.



(é fundamental ouvir a música enquanto se lê este post. para o vosso bem.)

pôs o baton. aquele que não sai assim com duas tretas. era a única certeza que tinha. depois de ter demorado (pelo menos) uma hora a escolher a roupa ideal. a partir dali era o que viesse. estava preparada.
tinha a cabeça limpa e a mente tranquila. não sabia o que era, mas sabia que era - que era por ali. que devia entregar-se: sem jogos, sem medos, sem ocultar nada. libertou-se. respirou fundo. olhou pela janela... e o carro já estava lá em baixo à espera. sentia-se estranha e desconfortável quando tinha encontros, porque achava sempre que a outra pessoa partia do pressuposto que ela lhe ia dar algo que...não daria. e, portanto, evitava-os.
correu para a sala e perguntou pela quinquagésima vez se estava tudo bem: se a maquilhagem não estava exagerada, as sandálias, a saia, o top, os brincos, o relógio, o colar... bom, o colar talvez fosse excessivo, era melhor mudar. e o casaco? bolas! aparentemente (e isto era o que ela pensava sempre que havia borboletas na barriga) tinha tantos e parecia que nenhum se adequava! voltou à janela. abriu-a e sentiu o ar quente. podia aproveitar-se disso: ter sorte por estar calor o suficiente para levar o primeiro casaco que lhe desse na bolha e não ter, sequer, de o vestir. sim. confiou.
disseram-lhe para ter calma, que ia tudo correr bem, para ter a certeza. ela arrepiou-se. desceu no elevador a sorrir e mudou ligeiramente a expressão quando chegou à porta do prédio. fez de conta que procurava o carro, pôs a expressão de "ah, estás aí! não tinha visto!" mais compenetrada que conseguiu e entrou. e a partir dali... tudo mudou. e o melhor de tudo foi que ela sentiu!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

wishlist




multidão. cantar isto a plenos pulmões. Lisboa. eu. sonhos. paixão. e o desejo de que isto (e aquilo) se concretize.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

sábado, 15 de setembro de 2012

dedicatória.

às pessoas que não são gente.
às pessoas que se preocupam,
têm sentimentos e sentido.
a um rumo que começa
e não é previsível.
a tudo o que é secreto,
surpresa
 e fica entre as pessoas.
que não são gente.
que não são massa.
que somos nós.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

jogos.

- montanha-russa: há jogos de cores e os sons confundem-se. baralham-se as gargalhadas com as dúvidas de quem está confuso. para quem assiste, as gargalhadas têm poder e sobressaem, porém, para quem está por dentro os pontos de interrogação correm nas veias.

- linhas cortadas: alguém arrancou o fio ao telefone que estava pousado na mesa. o longe até se faz perto mas não quando estão mais de duas pessoas em linha.

- velas e escuro: o contraste de quem precisa de o ter para nele se encontrar. ou perder. permanecer num estado de apatia que quase se mistura com a doença de quem, por muito querer, não quer, precisamente, perder.

- perfumes: daqueles que não vêm nos frascos, mas que se entranham nos corpos. e ficam tão agarrados ao fundo de nós que competem com o oxigénio que corre nas veias. e sobem até à cabeça. e descem até aos pés. pelo meio, ajudam o coração a bater com tanta força, mas tanta, que parece que, a certa altura, o vamos perder.

- bifurcação: ponto essencial de quem sabe o que quer. o poder de escolha e o livre arbítrio de mãos dadas com a cumplicidade dos sentimentos. surge algumas vezes na vida e não se duvida quando chega. porque eu sei o que quero. precisamente por saber o que não quero.

sábado, 1 de setembro de 2012

o amor quando é.


o amor quando é, chega e não avisa. a maior parte das vezes, até contraria.

o amor quando é, põe-te os pés no chão e a cabeça na lua. como se fosses uma serpentina capaz de imitar um gigantone e ir até ao infinito e mais além. tocas nas nuvens e não tens de esticar muito os dedos.

o amor quando é, protege-te. tem substância para te guardar como uma caixinha de música guarda uma bailarina e delicadeza para te cantar a música mais suave. e pôr-te a dançar.

o amor quando é, tem várias intensidades. começa de mansinho e pode tornar-se tudo. ou nada. e tem a importância que lhe dás, conforme aquilo que sentes. (e há vários tipos de amor.)
o amor quando é, não avisa. mas tu sabes que é quando é muito mais. quando te respeita.

e nem precisa de avisar quando aparece.

sábado, 25 de agosto de 2012

eu & a música.

às vezes, parece-me impossível expressar aquilo que sinto. e sinto-me frustrada. mas depois aparece sempre alguma música que fala por mim. e fica tudo bem.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

sweet disposition. contigo.



foi como correr para a liberdade. assim que a música começou, saí do contentor que nos servia como redacção e corri em direcção ao palco. não me contive. porque te senti. senti que estavas ali comigo e que, de mãos dadas, seguimos o instinto. tive outra vez 5 anos e estávamos, na minha cabeça, ao pé do ribeiro. tu estavas sentado na cadeira de sempre enquanto eu fazia barcos com as folhas das plantas. senti a música. arrepiei-me. respirei fundo e fechei os olhos. foi, talvez, o único momento em que saltei de felicidade e cantei até não poder mais. por tudo. por tudo o que ainda não conquistei, mas, sobretudo, por aquilo que já tenho. e que já é muito. a minha felicidade vai-se montando a cada dia que passa. e eu sei porquê. tenho a perfeita noção de que sou abençoada e tenho uma estrelinha a olhar por mim. é por isso que, desde que deixaste de estar perto de mim fisicamente, me resigno com tudo o que acontece. porque sei que não deixas que me aconteça nada de mal; porque sei que os obstáculos que me surgem és tu que os pões no meu caminho porque acreditas em mim e queres que eu cresça. pessoal e profissionalmente. e talvez um dia venhas a ter tanto orgulho em mim como eu tenho em ti. avô*

terça-feira, 21 de agosto de 2012

tudo o que tenho.

tudo o que tenho é intenso.
a correria, o auto-controlo descontrolado, os beijos e os abraços.
a cada momento a sós. fomos um todo. fomos sozinhos, fomos nós.
no meio da multidão.

tudo o que guardo é intenso.
porque os momentos foram de todos, mas todos não souberam dos que eram nossos.
pelos quais suspirávamos com um olhar, com um sorriso. que escondíamos como quem se protege.
pela partilha que, embora pequena, se mexe e nos mexe.

tudo o que tenho é indefinição.
de quem está a começar, de quem não conhece o futuro, mas tem já um passado.
pequeno e que pode ser alargado.
quando os olhares se cruzam e os quereres também. num bocado.

mas tudo o que tenho chega.
como quem bate à porta e o outro não nega.
para sentir a certeza de que, se não chegarmos a ser...
pelo menos... fomos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

só para não estar assim.

tentei descrever um sentimento, sem juízo nem tento, só para não estar assim


peguei no papel, levantei a caneta e, no espelho reflectida, uma imagem minha

olhei-me nos olhos e vi os teus

perdi-me no tempo e agradeci a um deus

(que nao sei quem é, nem sei se existe)

que me tem guiado e se tem esforçado por não me querer triste

e que te pôs no meu caminho

quando eu menos esperava

(não esperava, nem deixava de esperar)

quando mais força eu concentrava.

porque as coisas fortes são assim:

aparecem de chofre

mostram-te que afinal não és forte e que dependes de mim

de mim que te escrevo, de mim que sou prudente e que preciso de ti.

terça-feira, 31 de julho de 2012

surpresas.

Stella tinha uma vida ocupada. se um dia alguém se desse ao trabalho de querer marcar um encontro com ela, dispunha apenas de 2 minutos livres para o fazer!!e era por isso que estava resignada ao seu destino e não acreditava que fosse possível. (com todas as limitações...!)
Até que apareceu o Ted. Ted Mosby apaixonou-se por ela assim que a viu. tanto que, surpreendentemente, fez com que o primeiro encontro deles durasse 2 minutos. e não faltou com nada: jantar, cinema, pipocas e sobremesa. acabou com a promessa de se verem mais vezes. (a promessa foi c-u-m-p-r-i-d-a.)
a vida nao é como nas séries e não existe um Ted Mosby em cada esquina. mas o que me impede de procurar o meu?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

quando eu conseguir não vou querer que me digas que sempre me apoiaste. sei exactamente quem está comigo desde o início. e vão ser esses que me vão ajudar a cortar a fita na meta.

domingo, 17 de junho de 2012

invadir sem querer ficar.



porque não se deve invadir quando não se tem a intenção de ficar; porque todos temos um passado e queremos, um dia, acreditar; porque o egoísmo é muito lindo e fica bem com umbigos idiotas; e porque, quem perde, é sempre quem acha que vai ganhar. :)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

intenções.

soube que ele não tencionava ficar muito tempo porque nem sequer a quis conhecer. vivíamos só as duas e, para o bem e para o mal, uma fazia companhia à outra lá em casa. se eu chegava cansada, cheia de energia, triste, contente, com sono ou com fome... entrava e ia logo à cozinha ver como ela estava. e a partir do momento em que nos reencontrávamos a atitude dela mudava: deixava de dormir e punha-se a correr incessantemente na roda... ou pendurava-se com os dentes nas grades (e eu sabia muito bem o que isso significava. era ela a implorar-me "vá, tira-me daqui! deixa-me dar uma corridinha aí fora!"). e eu acedia. está bem, eu sei que é apenas uma hamster, mas ela é "raçada" de cão! gosta de festinhas, de atenção e de companhia. e é assim que tem de ser.
sempre que lá entrou nunca teve curiosidade em vê-la. e quando não se quer conhecer grande parte daquilo que a outra pessoa fala é porque não há a intenção clara e sincera de se permanecer mais do que aquilo que a vida proporcionar: se por acaso esbarrarmos na rua, ele fica. se não... !
sei qual é o caminho que tenho de seguir; sei que tenho de puxar o elástico para o norte quando ele faz força para o sul. só não sei porque raio não consigo voltar a usar a camisola que ficou com o teu perfume!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

salto?



às vezes duvido mais de mim do que de ti. porque, às vezes, também falho. e não há quem mais fique danado comigo, nesses casos, do que eu. eu sou a pior censura que posso ter. e dava tudo para me apoiares e te importares. mas a tua passividade é incrível. diria que nunca nos conhecemos. que sonhei. que inventei. não fossem as provas reais. eu salto se tu saltares comigo. se for para saltar sem ti, não usarei pára-quedas.

domingo, 6 de maio de 2012

perspectiva.

ia ter saudades do cheiro a café que invadia a sala pela manhã. até perceber que, a partir de agora, ia poder fazer O SEU próprio café. perspectivas.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

...

nunca tinha conseguido pertencer a um lugar. ou a uma pessoa de quem gostasse, de facto. porque, para ela, os lugares e as pessoas tinham uma coisa em comum: afastavam-se.
ainda se lembrava da primeira vez que isso aconteceu com uma pessoa. andava no sétimo ano. tal como ainda se lembra de o ter recordado, em voz alta, dentro daquelas paredes. ele estava na varanda. atento e a fumar. apareceu-lhe de surpresa. conversaram mais do que muito. ela confidenciou-lhe mais do que era suposto. para logo de seguida ele se ir embora.
dentro daquelas paredes. onde viveu tanto. ultrapassou muito e estava pronta a confiar. de novo. e sonhou ser tudo. e esteve quase a ser. quase. nova personagem, mesmo argumento. e, às tantas, já ela não sabia dele. só das reticências.
dentro daquelas paredes. junto aos móveis. onde colocou fotografias e pretendia colocar muitas mais. queria encher a casa de caras. das caras que lhe eram familiares. que estavam com ela nas noites menos fáceis. acabou por nunca acontecer. mas ela esteve quase. quase.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

segunda-feira, 30 de abril de 2012

ponto de fuga.

este descontrolo que há em mim chega a ser louco: divide-me em metades, esquece as horas e confunde as cidades. este descontrolo que há em mim chega a ser cego: vê-te onde não estás, delira com o que não queres e eu peco. peco por excesso e nunca por defeito; peco por trazer isto dentro do meu peito.  que não sente, que não faz sentido e que é calmo e tranquilo. que pensa em ti nos dias de chuva e te esquece nos dias de sol; que te quer tanto quando te vê, mas quando isso não acontece te lança ao mar como a uma prece. e é no nada que sou tudo e no tudo que não sou. é quando o "sim" é "não", o "não" é "sim" e o "talvez" não deixa de ser uma coisa parecida com "who cares?". sabes? é aí que estou.

sábado, 21 de abril de 2012

01:39

não me peças para te esquecer. se já chegamos até aqui. passou-se algum tempo, eu sei, mas na minha memória foi ontem. o primeiro dia em que nos vimos. e a coisa mais estranha que já senti. não é amor, não sejas louco, mas é algo que mexe com as entranhas e que estranhas por te mexer assim. não é possível, nem tão pouco exequível. porém... basta o querer. basta o apagar de tudo o que ficou para trás e partir do zero: começar uma corrida nova, saltar obstáculos e vislumbrar a meta. (e vê-la a desaparecer. a fundir-se com o horizonte.) o recuperar do fôlego. "podemos dar mais, vá lá, podemos dar tanto ainda!". e a meta aproxima-se. (aproxima-se para, logo de seguida, se perder lá mais para a frente.) qual jogo do gato e do rato, qual quê? o que eu sinto é isto: é esta vontade de ti que não sai de mim e não tem mais nem p'ra quê.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

facto.

"gosto de pessoas que contam as histórias à sua maneira. acredito sempre nelas."

sábado, 14 de abril de 2012

love is a losing game.







fui ali.

se perguntarem por mim diz-lhes que tive de ir. estava na hora e estava a acontecer muita coisa que me impedia de ficar mais algum tempo. aconteceu mesmo o que estás a pensar: saí de mim. parei o Mundo, numa tentativa egoísta de me transcender e bloquear tudo o que se passava comigo. porque era tanto! e era tão pouco, afinal. (vim a descobrir mais tarde.)
sabes, um dos meus defeitos é que raramente aproveito o momento. é isso! nunca estou no "aqui e agora"! a minha cabeça está sempre a pensar no que deixei para trás ou no que quero lá mais para a frente. e o agora perde-se! por muito que me esforce há dias em que a mente não acompanha o meu querer. e depois fico assim: sei onde estive, sei como lá cheguei, sei quem fui; sei onde vou, sei como quero ir e sei exactamente quem quero ser. mas nunca sei onde estou. nunca sei como estou a chegar e muito menos quem sou.
o que eu tenho é uma capa que se molda às gentes. para cada tipo de massa humana, uma roupa diferente. "em Roma sê romana" e é o que tento fazer... mas não consigo! quero acreditar que sim, mas o que procuro e o que sinto está-me sempre à flor da pele e não dá para esconder. se as palavras dizem que sim, a minha expressão facial há-de dizer claramente que é não. porque é, afinal, o que me vai na alma; porque é, afinal, quem eu sou. e eu sou muito mais. "sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura". e trago em mim tanta bagagem! tanto Mundo conhecido e tanto Mundo por conhecer que acabo sempre, invariavelmente, por meter os pés pelas mãos. ainda que o não queira. ainda que me arrependa.
como é complexo ser aquilo em que me transformei! como é difuso ser aquilo em que me transformaram! eu sou eu mais o que me fizeram e o que fizeram comigo; eu sou eu mais o que tu és e o que tu fazes (e que eu gosto tanto); eu sou eu mais o que gosto de ti. ainda que o não saiba. ainda que o não sinta.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

i just want your extra time and your kiss!

numa série muito conhecida diz-se que "nothing good happens after 2 AM". eu tenho uma opinião muito própria sobre isto... que se relaciona directamente com o dia do beijo! quanto a mim, este é o dia ideal para assumir: "I just want your extra time and your...kiss". sintam-se beijados :)*

quarta-feira, 11 de abril de 2012

???


fiz a minha teia.

fiz a minha teia, vou deixar-te pousar.
porque não tenho juízo, porque sou filha de Zen
porque trago comigo mais alguém.
porque tenho na manga cartas de tarot
porque nem sempre mostro quem sou.
e como não gosto de mim e adoro-me de vez em vez
nunca ponho fim à minha estupidez.
porque nunca acabo aquilo que começo
amo tudo aquilo que conheço.
e sempre quero mais, não me contento com nada
são ganancias tais, amar e ser amada.
que me ponho em loucuras e suspiro aventuras
não sai de mim este aperto sem fim.
sou mulher, sou homem, unidos por um nó
faço rir toda a gente, choro quando estou só.
quero ir mais longe, bater contra o vento
quero aprender a lição por um momento.
fiz a minha teia, vou deixar-te pousar.
sou raio de luz, tempestade num copo de água
mas passado um tempo sou coração sem mágoa.
porque sei perdoar, porque errei também
a força que eu tenho ninguém mais tem.
tenho amor para dar e vender
porque me aguento firme... até ver!
porque também sou fraca, aliás sou sempre
era tudo uma farça à tua frente.
porque sei mentir quando a coisa aperta
porque sei fugir na hora certa
mas logo sou apanhada por quem me conhece
não vale de nada quando o amor aquece.
porque além de ser humano
não sou um ser qualquer
nasci com a sorte de ser mulher.
(by Massala)

domingo, 1 de abril de 2012

quero voar, por favor.



"sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.

sei que a chuva é grossa,
que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor!"

sábado, 24 de março de 2012

...



no meio da multidão a imagem fica difusa. a minha imagem. na tua mente.

sexta-feira, 23 de março de 2012

negações.

às vezes perde a noção do timing perfeito. baralha-se, mistura tudo e mete os pés pelas mãos. não sabe (e nunca soube) o que fazer para chamar a atenção. faz tudo ao contrário...diz que "não" quando é "sim"!
outras, aguenta-se de mais. suporta muito. e espera. (e, no fundo, é quando lhe sabe melhor e fica mais segura.)
tem a sensação de lidar com areias movediças e nunca sabe ao certo o que esperar. e isso traduz-se em mudanças radicais de humor: uns dias tão dona do seu nariz e noutros deixa de saber quem é.
tudo isto porque... no fim de contas, só quer que tudo passe muito depressa. quer saber o final.

segunda-feira, 19 de março de 2012

"quem te me levou roubou-me a alma. mas de ti não sabe nada."



propunha-me, tinha medo e depois, superava-me. era sempre assim. sofria tanto e depois conseguia. e, em cada vitória, o teu olhar era especial.

com o passar do tempo, fui-me baseando em ti. no teu orgulho. na tua força. e agora sempre que me quero propôr a alguma coisa que me faz duvidar de mim, não dou espaço. porque me lembro do teu olhar. e esse não me deixa duvidar, bolas!

ontem foi o teu dia. hoje o dia também é teu. mas fazes-me falta todos os dias. TODOS. já passaram quase 4 anos e não há um único dia em que não pense em ti. sei que estás a tomar conta de mim. sempre. e para sempre.

"quem te me levou roubou-me a alma. mas de ti não sabe nada."

adoro-te avô*

terça-feira, 13 de março de 2012

banda sonora para sempre.

o artur era um tipo meio distraído que se divertia com coisas simples: um programa de televisão que o fizesse rir, um artigo bem escrito no jornal ou um programa de rádio que o alertasse para coisas sérias...a rir. só não sabia que era sério de mais. nunca tinha ultrapassado os limites, quebrado uma regra e assim, vivia em paz. de consciência tranquila.
a rita estava de cabeça perdida. fazia asneira atrás de asneira e não sabia como parar. parecia que estava "viciada": primeiro tinha sido a experiência das drogas. (conseguiu deixá-las com muito esforço e com a ajuda do tabaco que, estupidamente, ainda fumava). e agora perdia-se na noite. todas as noites saía até às tantas e era capaz de curtir com três ou quatro tipos na mesma noite sem sequer lhes saber os nomes.
um dia, o melhor amigo do artur fez anos. era uma data especial. celebrava o 30º aniversário. por muito que tivesse tentado arranjar uma desculpa, desta vez, artur não conseguiu dizer não e foi jantar fora. "só vou ao jantar", pensava convictamente. "amanhã entro cedo e era o que mais faltava ir trabalhar cansado e não me conseguir concentrar". mas o destino...tinha-lhe preparado uma partida!
a rita acordou tarde, naquele dia. não sabia exactamente quem tinha levado para casa, não se lembrava da cara, quanto mais dos pormenores! estava cansada e com um aspecto terrível. umas olheiras enormes marcavam-lhe o rosto à distância. até um míope conseguia vê-las! "resolvo já isto: tenho aqui um corrector anti-olheiras milagroso!", disse. arranjou a cara, o cabelo e vestiu um vestido justíssimo com as sandálias cor-de-rosa favoritas. "ah, boazona! apesar da vida que levas tens um aspecto do caraças! quem dera a muitas miúdas de 20 anos terem o teu corpinho!". a rita era extremamente confiante: até (e principalmente) quando fazia asneiras. saiu de casa. já tinha em mente a discoteca onde ia conhecer mais três ou quatro gajos naquela noite.
acabou o jantar. o artur levantou-se, pegou no blaser e foi-se despedir do amigo:
- rui, obrigado pela noite. agora tenho de ir. -, tentou dizer com a maior convicção possível.
- o quê? já vais? nem penses! ainda a MINHA noite é uma criança e tu és o meu melhor amigo, porra!
com o ênfase que o rui deu quando disse "a MINHA noite" artur percebeu que não dava para desiludir o amigo. não daquela vez.
- ah está bem! se não fizesses 30 anos e nos conhecêssemos desde o berço, tu vias!, acedeu derrotado.
a rita e o artur viram-se, pela primeira vez, na fila à entrada da discoteca. e o que aconteceu, até hoje, ninguém sabe. mas aconteceu. da diferença brutal de personalidades e atitudes que os marcavam surgiu uma união. uma sensação estranha de se conhecerem desde sempre e de terem mil coisas para partilhar. nunca se tinham sentido daquela maneira. nenhum dos dois. nem quando consumia droga e estava no mais profundo êxtase a rita tinha vivido aquela sensação.
dentro da discoteca não conseguiam parar de olhar um para outro. à medida que as luzes piscavam e as batidas das músicas se confundiam com as dos corações, rita e artur cruzaram-se. não sabem se, antes de dizerem alguma coisa, ficaram presos um no outro 10, 15, 20 minutos ou 1 hora, mas o que é certo, certinho é que, desde aquela noite não se largaram mais. foram juntos para casa do artur e a rita não teve mais necessidade de fazer asneiras. largou-as. melhor, despiu-as. como quem sai numa noite e chega a casa, tira o vestido e o deita fora para nunca mais cair na tentação de o usar.
fizeram planos. foram de férias para fora e conheceram destinos paradisíacos juntos. queriam ter filhos. muitos. uma casa enorme, um cão e uma piscina. ah, e um jardim com baloiços. mas queriam, sobretudo, ser felizes. juntos.
ambos gostavam de música. viviam música. respiravam música. por isso, o artur decidiu comprar um disco para oferecer à rita para terem uma banda sonora que representasse o amor deles. para sempre. Michael Kiwanuka fazia-os sentir em casa e era, sem dúvida, a melhor escolha, naquele momento.
chegou a casa. entrou aos berros, completamente histérico! a rita estava na cozinha e perguntou-lhe com ar de menina de cinco anos:
- então, amor!? o que se passa? estás eufórico!
e tinha motivos para isso: rita abriu o embrulho viu o álbum:
- oh amor!!! amei! a nossa banda sonora!!
artur acrescentou:
- sim. mas abre lá a capa e vê o que está por dentro!
ela abriu. e dentro da caixa do disco, mesmo na abertura redonda do meio do CD estava qualquer coisa a brilhar. ela tremeu. tanto.
- casas comigo?... para esta ser a nossa banda sonora...PARA SEMPRE??, - perguntou o artur com o coração a mil e lágrimas nos olhos.
a rita chorou. de felicidade.
- CLARO!, foi a resposta sem hesitações.
choraram os dois. unidos. beijaram-se. e aquele foi o momento mais bonito das suas vidas. a rita mal podia esperar para contar à melhor amiga e partilhar a felicidade imensa e indescritível com a família! saiu de casa. estava a fazer marcha-atrás para sair da garagem e o artur ouviu, na outra ponta da casa, o estrondo: um carro a alta velocidade conduzido por um homem que estava a responder a uma mensagem no telemóvel bateu no carro da rita. mesmo em cheio no lugar do condutor.
artur ficou em choque. teve de ser levado para o hospital. a rita não resistiu à pancada. e a música "home again" estava em repeat e ouvia-se fora do carro.

segunda-feira, 12 de março de 2012

sábado, 10 de março de 2012

"As raparigas do Norte", por Miguel Esteves Cardoso.

"As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos impossíveis. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer."

quinta-feira, 8 de março de 2012

deep down inside.

a sensação de estranheza.

o bater do coração.

era um ritmo certo, certinho

e uma voz tão doce e tão acertada.

acompanhava uma guitarra, à noite,

no escuro do comboio, naquela estação.

não precisavam de luz para o momento,

para além do brilho do olhar,

e perdiam-se, assim, os dois

quase que sem se reparar.

resoluções.

sábado, 3 de março de 2012

já não se escrevem cartas de amor como no 6º ano.


iam para o 6º ano quando ela soube da novidade: ele ia para os Açores. logo naquela altura em que tinham assumido que gostavam um do outro; logo naquela altura em que, na inocência da idade, ela finalmente tinha respondido ao bilhete dele com uma cruz no sim. ele tinha tentado, várias vezes, que ela assumisse. e mandava-lhe sempre a mesma mensagem, num papel rasgado de um qualquer caderno das aulas: "gostas de mim? sim [ ] não [ ] talvez [ ]." (ela tinha um feitio!!!! e dizem que, ainda hoje, não gosta muito de dar o braço a torcer). naquela altura acedeu.

chegaram as férias grandes. e recomeçaram as aulas. novo ano e a ausência dele na turma. "não tem mal",pensava ela. tinham jurado ser fiéis e escreverem-se sempre. e era engraçado porque, na escola primária, a professora tinha eleito a letra dela como a mais bonita da das meninas e a letra dele como a mais bonita da dos meninos. (ainda que ela gostasse mais de escrever e ele de desenhar).

prometeram e cumpriram: assim que chegou a primeira carta o coração dela bateu e sorriu ao mesmo tempo. precisava de a abrir num espaço onde ninguém pudesse ver a sua reacção e, por isso, escondia-se no quarto. tinha uma vergonha boa! ele escrevia coisas tão bonitas! e prometia fidelidade; e desenhava uma boneca que era, no fundo, a maneira como ele a via. (ohhhhh!) apesar de super maria-rapaz ela não deixava de ficar enternecida. e ele conseguia descobrir a parte mais sensível e feminina dela por entre todos os jogos de futebol, computador, malha, skate, bicicletas e afins. e ela...bom... respondia-lhe à altura.

foi assim durante muito tempo. até que...ele voltou! eram mais velhos e os juramentos tinham terminado. acabaram por se apaixonar (achavam eles) por pessoas diferentes. mas tudo bem. continuavam amigos, sem qualquer tipo de ressentimentos. (afinal, estavam ainda numa idade em que a sinceridade era o mais importante e nenhum dos dois sabia mentir para iludir o outro ou, simplesmente, para seu bel-prazer). era assim que tinha de ser.

ele regressou e passado uns tempos começou a andar com a melhor amiga dela. e ela nunca deu importância. por isso é que não percebeu porque é que, passados quase 10 anos, ele entrou num sonho onde os dois eram felizes...juntos!

"realmente! estes sonhos...que estupidez!!!", pensou ela assim que acordou. mas aquilo ficou-lhe na cabeça. "de qualquer das formas", pensou, "o que importa aqui no meio é que já não se escrevem cartas de amor como no sexto ano!". true story*

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

"sofrer" nos dias que correm.

é ridículo o número de vezes que ela pensa nele. e o tempo que passa a olhar para o telemóvel à espera de receber uma mensagem dele. qualquer uma.

o telemóvel pode ser a carta de amor dos tempos modernos; as redes sociais e os programas de mensagens instantâneas são, no fundo, as vezes que passariam um pelo outro no café, na rua, num restaurante: ela entra no perfil dele e passa por ele e ele, de cada vez que entra no dela, passa por ela!! quando ela põe um like num post dele, na verdade, quer é piscar-lhe um olho. quer que não se esqueça dela. é isso!

os sentimentos são os mesmos (ainda que ela não me saiba explicar o que sente). a forma de os demonstrar é que mudou.

e ela também mudou. se outrora lhe diria, sem qualquer problema "olha, estou a pensar em ti vezes de mais para o meu gosto", hoje não o consegue fazer. as circunstâncias prendem-lhe a boca com fita-cola e as palavras ficam engasgadas na garganta. e, ora sobem, ora descem.
tenta manter-se calma. e, sobretudo, tenta calar o que há nela. mas os olhos são os "queixinhas" lá do sítio!!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

misturas.

a vida nas mãos.

um dueto perfeito

e um mapa do coração.

e enquanto uma guitarra toca

(ensaia canções de amor)

a vida continua

e ela sente o pavor.

o mar na janela

emoldurado na perfeição

um balde de tinta

para pintar a paixão.

segue retratos

com lucidez

porque a vida é curta

e ela não se quer perder…

desta vez.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

someone's watching over me

é possível que um amor seja tãoooo grande que nos proteja SEMPRE? mesmo quando a pessoa... já... vocês sabem! (nunca é fácil falar sobre isto ou dar um nome concreto ao que nos aconteceu).

todos temos dias bons e dias maus. isso é c-e-r-t-i-n-h-o. mas há alguém empenhado em fazer com que a vida não me pareça tão difícil. tenho, de certeza, quem olhe por e para mim; tenho quem me indique o caminho ou alguém que me ajude a ver melhor.

eu sei que és tu. porque o nosso amor e orgulho mútuo é tão forte que não deixas que nada me aconteça. sou a maior sortuda por me ter rido contigo; por te ter feito zangar quando me pedias para levar os ovos à vó e eu, a meio do caminho, decidia atirá-los contra a parede da garagem; por te ter visto chorar no nascimento do meu irmão-mais-que-tudo; por ter sentido o teu abraço e lágrima de orgulho quando me formei; pela maneira como depressa passaste da dúvida para a certeza em relação ao meu sonho profissional.

gosto tanto, mas tantoooooooo de ti. e fazes-me tanta, mas tantaaaaaa falta! embora estes "sinais" me confortem. obrigada avô. por estares SEMPRE comigo <3

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

é 6ª feira.


6ª feira. para muitos, o fim de uma semana de trabalho e o dia que avisa que vêm aí dois dias de pleno descanso.
6ª feira. para tantos outros é um início: de semana, de vida, de tomada de decisões, enfim, de mudanças. para eles, a 6ª feira é a nova 2ª feira. e... porque não?
6ª feira na SIC Notícias é assim: com separadores criativos e com banda sonora nacional carregada de palavras fortíssimas.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

quanto vale uma promessa?

uma promessa não é muito mais do que isso. no que diz respeito ao seu significado, mostra-nos a infopedia que é:
1- acto ou efeito de prometer;
2- coisa prometida; prometimento;
3- compromisso de executar algo ou realizar um acto; um contrato;
4- voto feito a Deus ou aos santos para se obter uma graça.
por aqui se vê que é um conceito complexo e abrangente. a sua concretização (ou não) depende de quem as faz. não de quem as recebe.

Linke cada vez lhes dou mais importância. para mim, significam perceber se uma pessoa tem palavra ou não. por isso, é que acho que não devem ser feitas ao calhas, nem aos pontapés. só se devem fazer quando se tem a intenção de realizar. quando se sentem. nos últimos tempos tenho assistido a tantas...!

o amor é, já se sabe, complexo. "se fosse fácil não tinha piada", mas... como é que se pode fazer uma promessa que não depende, no seu todo, de nós? ela estava doente. e era grave. e teve medo. muito. por isso, desde que recebeu a notícia chorava compulsivamente. ia ser operada cá, mas não tinha confiança e tudo o que lhe diziam era tão mau... ele prometeu-lhe que ela ia ficar bem. que ia fazer de tudo para que isso acontecesse. e fez. levou-a para fora e lutou sempre com e por ela. ficou com ela fora do país por mais de um mês. os dois sempre juntos. sempre com ele a prometer-lhe que tudo iria acabar bem. e acabou. hoje ela está bem. ainda a recuperar, mas bem. e a promessa dele fez tanto sentido e foi tão verdade que envergonha os poetas que mais "estralhaçam" o coração quando escrevem;

uma promessa para um simples café: vale o que vale. mas se for feita, é para ser cumprida. faz sentido o contrário?;

uma promessa de amizade: vamos ser amigas para sempre e vou ficar sempre contente por ti e não vou contar nada daquilo que me confiares, blá, blá, blá. quantas vezes isto é levado a sério? quantas vezes contamos algo bom que nos acontece e recebemos, do outro lado, um sorriso amarelo?;

e quantas vezes ele nos diz que quer estar connosco e, muitas vezes, não é verdade? quer apenas subir o ego à conta de uma ou outra que ande mais sensível e que seja mais transparente ou insegura e descuidada. e o que é que isso lhe vale? há-de acabar por chegar à conclusão que o inseguro é ele, porque não acredita em si e precisa de mil pessoas a dizerem coisas que ele sabe que não são verdade...só para se sentir bem e andar iludido uns tempos.

"as promessas valem tanto quanto o tipo de pessoa que as faz", diria qualquer pessoa. é certo que se a pessoa tiver bom fundo, o valor de mercado da promessa aumenta.

enfim. tudo somado, fica a questão...quanto vale uma promessa? 10 euros? 500? uma amizade? uma quebra de confiança? uma desilusão? quanto vale???

sábado, 4 de fevereiro de 2012

sugestão para o fim-de-semana.



com o frio que está bom bom é ouvir esta música, ter a lareira acesa e uma vela de baunilha a queimar enquanto escrevemos ou pintamos. fica a sugestão. sobretudo, ouçam a música e o resto ficará ao vosso critério, pois claro. :)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

o poema do mar

quem viu, sorriu e sentiu;
quem ficou, vibrou e amou;
quem foi, não quis ver e perdeu;
quem partiu, magoou e fugiu.
mas enquanto o mar bater
ao ritmo da pulsação,
vai haver quem fique, quem acredite,
quem sonhe com esta canção.
e se isso não bastar...  
haverá sempre, mas sempre...
o barulho do mar.

sábado, 28 de janeiro de 2012

look de fim-de-semana.


é adorável. um look para o lazy sunday proposto pela Vogue. Doutzen Kroes, só te mudava os sapatos. de resto... adorável!

(in)definições.



ele chegou de mansinho e quase sem bater à porta. o destino fez com que se cruzassem e, dentro dela, todas as definições eram isso mesmo: definidas. não havia como baralhar, não havia como duvidar. tudo tinha um lugar e ali estava tudo certo.
mas ele fez questão de bater à porta. ela teve medo de abrir. e ele voltou a bater. e ela duvidou. e ele insistiu. ela só podia fazer uma coisa: abriu. queria fugir de uma ou outra situação mais complicada e resolveu, de repente, abrir. e foi aí, nesse lugar, que as indefinições ficaram definidas; que as coisas se baralharam e que as dúvidas voltaram a surgir.
ela teve medo - e há mesmo quem diga que ainda o tem - mas disfarçou. fez piadas, cantou e fez de conta que não deu importância. mas deu. mesmo sabendo que não podia dar. (sim, porque com ela é sempre assim!) e o caminho calejado põe-lhe o pé atrás de uma maneira irritante! se ela me pudesse ler dir-lhe-ia para arriscar mais, pensar menos e... viver.
e ele (tal como ela) pertence à turma das covinhas... e as covinhas não costumam deixar mentir...pois não?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

em dia de aniversário.



conheço as melhores pessoas do Mundo. estar longe de casa não é fácil, mas consegue aguentar-se com todas as surpresas, palavras e mensagens de carinho. esta é a minha música favorita. ouçam bem. e sejam FELIZES*

domingo, 22 de janeiro de 2012


the sun will always shine.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

a Bia e a mãe.

hoje voltei a vesti-lo. encontrei-vos no dia em que o estreei. o vestido cinzento, às flores.

fui até ao comboio com alguma dificuldade, uma vez que a dor no pé esquerdo não me estava a facilitar a vida. sempre que andava doía menos mas, cada vez que parava e começava a andar a dor era tanta que me saíam gritinhos, sem querer. a juntar a tudo isto a agonia no estômago, por causa da medicação. não se adivinhava uma viagem fácil.

mas a vida está cheia de encontros e desencontros que surpreendem. cheguei ao comboio e adormeci. acordei com um pontapé de uma criança precisamente no ponto da minha dor. tentei disfarçar (espero ter conseguido) e acordei. olhei para a frente e tinha uma menina com mais ou menos 6 anos que viajava com a mãe que, soube mais tarde, tinha 40. a criança fez-me lembrar eu com a idade dela: inteligente e com queda para as artes mas "maria-rapaz"; a mãe tinha um aspecto super jovem e um piercing no nariz.

a menina (Bia, pareceu-me) era extremamente educada e assim que me viu abrir os olhos disse "oh senhora, acho que o seu telemóvel estava a tocar!". verifiquei e não era nenhum dos meus. agradeci-lhe e informei-a. parámos de falar. de repente ela tira a Nintendo 3DS da mochila e começa a jogar. era igual à que eu e os meus pais oferecemos no Natal ao meu irmão, mas era preta. ela jogou, divertida e depois passou à mãe que, com o mesmo sentido infantil, disparou tiros para tudo quanto era lado. achei engraçado. elas tinham uma relação não muito comum, mas muito acolhedora. e identifiquei-me.

"peço desculpa mas há pouco, quando estava a dormir, tive de dar uns tiros perto da sua cabeça", disse a mãe. eu ri-me e começámos a falar da Nintendo 3DS. "o meu irmão tem uma igual. eu sei o vício que isso é. ainda no fim-de-semana passado estivemos os dois a jogar por muito tempo". e tudo começou assim. a dor e a agonia pararam e a conversa fluiu como se nos conhecêssemos há vários anos.

"olha, também tenho jogos aqui no telemóvel. queres jogar?", perguntei eu à -chamemos-lhe assim- Bia. "ahhh...eu quero...se a minha mãe me deixar, claro!", respondeu-me com um sorriso maroto. mal a mãe assentiu pulou para o lugar que estava ao meu lado. expliquei-lhe tudinho e ela, esperta, apreendeu e começou a jogar.

eu e a mãe da Bia conversámos o resto da viagem. se me perguntarem quanto tempo demorou sei que foram 3 horas porque estou habituada a fazê-la e sei a duração de cor. naquele dia pareceram-me 5 minutos. chegou-me a parecer rápida demais, até.

falámos de música, das nossas profissões, idades, namorados, animais de estimação, do local onde vivemos e da actual crise de valores pela qual a nossa sociedade está a passar. concordámos em tantas coisas, discordámos e aceitámos noutras. mas fiquei, não sei porquê, ligada a elas. e tive pena, quando nos despedimos, que não nos voltarmos a ver fosse o mais certo. quando virámos costas estive quase para pedir um contacto. mas não o fiz.

delas fiquei a saber que a Bia é, efectivamente, muito inteligente. é virada para as artes, um pouco distraída nas aulas e está a escrever um livro sobre a "Maria Sangrenta" (penso que era assim); da mãe sei que tem uma profissão com um nome muitooo comprido mas que, no fundo, se resume a aconselhar financeiramente empresas no ramo da moda.

e talvez seja por isso que escrevi este texto. dentre as mil conversas de comboio que já tive, esta foi, sem dúvida, a que mais mexeu comigo. e, quem sabe, se algum de vocês as conhece e as identifica depois de lerem este texto? tentar nunca é errado. e nunca parem de comunicar. as surpresas mais interessantes não estão em caixinhas, como nos fazem crer, desde crianças. muitas vezes, estão mesmo ao nosso lado.



sábado, 7 de janeiro de 2012

"para ti, campeão!"




é uma linda história de amor real:



com toda a dedicação que o amor tem de ter; com toda a felicidade que o amor tem de ter; com toda a vergonha que o amor, lá nos seus inícios, tem de ter; e que o destino e a crueldade acham que podem parar.... mas não podem!



esta é a prova de que não é preciso termos 50 anos para termos maturidade para amar. ela ama-o. lutou e luta por ele e com ele. e materializou o amor. eu materializo, desta forma, a minha amizade e orgulho por ela.



os seguidores do baudeafectos que adquirirem o livro da minha colega e jornalista Ana Maltez terão uma bela surpresa quando encontrarem um dos textos que por aqui leram, há uns tempos.



vale tanto a pena. e ensina-nos tanto. Sigam o link e leiam o texto de Rodrigo Guedes de Carvalho. recomendo vivamente que COMPREM e partilhem esta história de amor.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

carta (in)direta



sempre que partirem para algo novo, partam com esta música na cabeça.
olhem sempre para tudo como se fosse a primeira vez e com um brilho nos olhos que vos fará ter a certeza do caminho a seguir.
sempre.

truly yours,
mistious.