quinta-feira, 17 de maio de 2012

intenções.

soube que ele não tencionava ficar muito tempo porque nem sequer a quis conhecer. vivíamos só as duas e, para o bem e para o mal, uma fazia companhia à outra lá em casa. se eu chegava cansada, cheia de energia, triste, contente, com sono ou com fome... entrava e ia logo à cozinha ver como ela estava. e a partir do momento em que nos reencontrávamos a atitude dela mudava: deixava de dormir e punha-se a correr incessantemente na roda... ou pendurava-se com os dentes nas grades (e eu sabia muito bem o que isso significava. era ela a implorar-me "vá, tira-me daqui! deixa-me dar uma corridinha aí fora!"). e eu acedia. está bem, eu sei que é apenas uma hamster, mas ela é "raçada" de cão! gosta de festinhas, de atenção e de companhia. e é assim que tem de ser.
sempre que lá entrou nunca teve curiosidade em vê-la. e quando não se quer conhecer grande parte daquilo que a outra pessoa fala é porque não há a intenção clara e sincera de se permanecer mais do que aquilo que a vida proporcionar: se por acaso esbarrarmos na rua, ele fica. se não... !
sei qual é o caminho que tenho de seguir; sei que tenho de puxar o elástico para o norte quando ele faz força para o sul. só não sei porque raio não consigo voltar a usar a camisola que ficou com o teu perfume!

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