sábado, 8 de novembro de 2014

coração em obras

sabia que ele não era perfeito. e isso era perfeito! porque ela nunca teve padrões complicados. queria respeitar e ser respeitada; queria proteger e ser protegida.
e sentia-se protegida quando o observava a dormir ao seu lado. e, se tinha de se levantar mais cedo, não conseguia largar a cama sem lhe fazer uma festinha, dar-lhe um beijo e dizer-lhe o quanto gostava dele. ainda que ele estivesse ferrado no sono e não ouvisse.
o desamparo de não o ter na cama é que lhe troca os sentimentos; a tristeza de já não poder cantar para ele, baralha-lhe os sentidos; e a falta da presença dele nas suas conquistas, mistura-lhe a dor.
ainda que ele não mereça; ainda que ele tenha sido, no fim, o pior de todos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

estrela.

não há um dia que não tenha a certeza de que estás comigo; não há um dia que eu duvide que tudo o que me acontece é porque queres que me aconteça.
há seis anos que és a minha estrela. e, sabes, à noite, quando tudo é escuro e assusta, faz-me bem olhar pela janela e perceber que não me falhas.
crescer custa muito... (mas é preciso, eu sei.) e tantas vezes me lembro de fazer barquinhos com as folhas das árvores que estavam ao pé do ribeiro onde passávamos tempos infinitos: tu, sentado na cadeira a descansar e a olhar por mim e para mim...e eu, inocente, a achar que os barquinhos estavam perfeitos e iam ter com alguém que lhes achasse piada. na verdade, eu achava era piada a estar contigo. a ter-te ao pé de mim. a olhares para mim babado.
espero que, daí das estrelas, a vista para a minha vida não seja má e que continues babado, como eu continuo por ti. espero que, daí das estrelas, continues a saber a falta que nos fazes. t-o-d-o-s-o-s-d-i-a-s.
e aprendi um truque: quando quero ser crescida, calço saltos. mas, na verdade, o que eu queria era  voltar aos dias em que calçava sapatilhas...só para poder estar contigo, outra vez.
avô <3

terça-feira, 21 de outubro de 2014

slow (to) her heart



ela não faz a mínima ideia de quando se vai sentir assim, outra vez. se amanhã, se daqui a um mês, se daqui a anos. mas gostava de poder andar para a frente com o filme da vida e perceber se vale a pena esperar. bom, ela acredita que sim. vai amar tanto, como vai ser amada. e vai mesmo ser a sério, desta vez.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

planos de sempre para sempre



não sei exactamente quando será.
e é isso que é fascinante no destino.
mas de cada vez que imagino os meus futuros filhos a dançarem ao som da jukebox que vamos ter...
sinto um friozinho na barriga. <3

há uma coisa que algumas pessoas não percebem:

quando alguém nos faz mal e nós decidimos que a pessoa deixou de ser um problema, significa que não há volta a dar. nunca mais.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

rodeado não significa bem amado

havia tanto a acontecer, por aqueles dias. até o sol, lá fora, estava mais desaparecido do que presente, e a verdade é que não era muito diferente do que ela sentia.
ausente. a ver a vida a passar, incrédula. a confiança que depositas numa pessoa pode dar cabo de ti. por isso, aprende e deixa-te com os dois pés atrás.
extra-famous. era como ele se sentia. quando estava na mó de baixo, ela servia-lhe para tudo. e queria (até) ficar com ela para sempre. porque era ela. era ela a mulher dos seus sonhos. até um dia...
o que ele não sabe é que as aparências iludem. e que está rodeado e que vai ficar rodado. tão rodeado e tão rodado que quem vale a pena não vai ter pena dele. e vai acabar por acabar vazio. ao fim do dia... quando puser a chave na porta e a abrir e não estiver lá ninguém. só o interruptor da luz. e um sofá. e um candeeiro. mas de dia...ah, de dia, está rodeado.

alerta

o amor que podemos sentir pelos outros pode ser perigoso. pode ser perigoso, porque pode acabar com o que sentimos por nós. nada é mais importante do que a nossa dignidade e os nossos valores. até podemos pensar que há quem entre na nossa vida para nos derrotar, mas, mais cedo ou mais, (e, acreditem, é fatal como o destino) percebemos que essas pessoas entraram para nos dar força.
há pessoas genuinamente más. há! e há pessoas que não são genuinamente más, mas que pela experiência de vida que tiveram aprenderam a defender-se atacando os outros. não é desculpa. nunca foi e nunca será. a verdade é que essas pessoas perdem os valores demasiado cedo e acham que o Mundo lhes quer fazer mal. e, então, dão patadas atrás de patadas. até ficarem sozinhos, à noite... e perceberem que não têm nada... que não têm ninguém. e é um dilema: porque de dia acham-se as maiores, mas à noite...ah, a noite é escura e traz as memórias e os pensamentos.
ela está a aprender que tem de aprender a ter calma; está a aprender que tem de aprender que as pessoas mudam...e nem sempre é para melhor; está a aprender que nem toda a gente merece estar na vida dela; está a aprender a olhar para trás e a perceber que ele é assim porque não tem bases, não se amas e procura o seu amor próprio nas aparências e em muitas outras raparigas.
e...sabem? ela está a aprender que ele perdeu o melhor dele: ela!