sexta-feira, 26 de março de 2010

sexta-feira, 19 de março de 2010

loading. hard day part II.

Feliz dia do Pai. Esta é a nossa música, avô.



Feliz dia do Pai, àquele que me atura, suporta, tolera e apoia desde sempre. O melhor Pai do Mundo (sem clichés e frases feitas), porque quer queiram, quer não...é o meu!

quinta-feira, 18 de março de 2010

quarta-feira, 10 de março de 2010

cenas.

Nem sempre há desconforto. Depois de um mês e 18 dias ela sentiu-o. Não o desconforto de estar mal num sítio, de ter uma vontade repentina de voltar para casa, para o sossego da lareira, da TV com a última temporada de "Lost", a cadela a dormir no seu colo e o irmão e os pais no sofá ao lado. Mas o desconforto de não estar com quem a conhece desde miúda ou até um pouco depois disso...resumindo: de quem sabe como tudo começou. De quem sabe as bandas que ela venera, os musicais que estão no seu coração, os cereais que ela adora e, até, de como gosta de ter o quarto e a cama quentes, ou de dormir sem ninguém a perturbar. Um pouco preguiçosa, nesse aspecto. Só gosta que a acordem com um forte motivo. E um forte motivo não é dizerem-lhe às tantas da matina que têm uma barata no quarto e que não conseguem dormir sem ajuda para a matar; ou os vizinhos do andar debaixo tocarem à campainha às 6 da manhã porque querem pão-de-ló; ou, ainda, os mesmos vizinhos terem partido os vidros dos carros todos desde o bar onde estavam até ao prédio e a polícia estar no edifício. "Isso não são motivos fortes", pensava ela.
Hoje não tem esses motivos. Tem outros. Acorda porque tem de ir para o trabalho. Acorda porque tem de limpar a casa. Acorda porque lhe apetece imenso falar com a colega com quem divide o apartamento. Ou, simplesmente, acorda...porque lhe apetece!
E o desconforto foi sentido pela primeira vez, contou-me ela. Tudo porque "estava a apostar que se convivesse mais com um dos colegas a coisa se ia dar". "Mas tu ainda pensas nisso?", pergunto eu. "Claro que sim. Algum dia hei-de acertar". "Mas não será com esse", respondi-lhe, "já viste esse filme e não gostaste. Parte para outra."
Ela fica pensativa... Diz que vai comprar mentos, que não aguenta mais não acertar em quem vale a pena. Vai ao bar. Volta e devora-os em menos de 10 minutos. "Bolas", pensei eu, "já fiz asneiras". Ela continuou pensativa... "Sabes o que é?", interpela-me. "É que eu olho à minha volta e não vejo ninguém interessante. Assim, bonito, com valores, decente e com um cérebro activo. E ele tem isso tudo... Porque raio é que tenho de ter sempre a mira trocada? Devo ter sido muito cabra n'outra vida", concluiu.
E aquilo deixou-me a pensar.