sábado, 31 de dezembro de 2011

2011 para o baú. 2012, quem serás tu?

- Em 2011:

apoiei a melhor amiga no grande amor da vida dela. perdi alguém que amava. recebi alguém que amo muito. apostei na minha formação. passei algumas noites sem dormir quando descobri que a telespectadora mais atenta tinha morrido de forma trágica. dei uma guitarra eléctrica ao melhor irmão do Mundo. não visitei a Señora Antonia e o Jordi. dei voz a um boneco de animação. cantei muito. dei passos para retomar contacto com pessoas com quem estava chateada. quase me apaixonei e fiquei triste. quase fui enganada no coração. dancei pouco. comprei uma hamster. ajudei uma amiga quando ela perdeu alguém que ama. conheci o Dexter. aprendi a fazer um assado. tive muito medo de perder alguém que amo. percebi que não devo voltar a anular-me para viver os problemas dos outros porque o contrário não acontece. li menos livros do que aquilo que pretendia. não acreditei na morte do Bin Laden. percebi que afinal os professores não mentem: é muito difícil chegarmos rápido onde queremos sem termos cunhas. descobri que gosto mais de moda do que o que pensava. vi os Simpsons 30 mil vezes sem me cansar.
descobri o David Garret e apaixonei-me. conheci anónimos e "famosos". a Licas veio morar comigo para me dar sorte. não vi nenhum concerto dos que queria mesmo ver. fui menos ao teatro do que o que queria. tive orgulho no primo Diogo por aparecer numa revista famosa no seu 1º grande trabalho como modelo. "karaokei" algures para os lados de Caxias e tive óptimas surpresas. dei mais notícias más do que boas. ainda não fui ao cinema sozinha. aprendi a relativizar as coisas. mantive o meu problema de não pedir ajuda às pessoas quando preciso. não atingi os meus objectivos a nível profissional. o meu 1º amor casou-se. aprendi a viver mais sozinha do que acompanhada. ainda não me inscrevi nas aulas de dança e canto. orgulhei-me muito do irmão que aos 15 anos domina físico-químicas, matemáticas e afins melhor do que ninguém. descobri bandas e cantores portugueses maravilhosos. percebi que tenho um amor tão forte dentro de mim pela minha família que é capaz de pôr tudo em causa e de me fazer lutar contra tudo. recebi abraços e beijinhos do Rodrigo e do Quico. orgulhei-me muito dos meus pais por me ensinarem, mais uma vez, que juntos podemos ultrapassar tudo. vou conhecer um ano novo sem a família pela primeira vez. aprendi o valor de uma promessa. mudei. cresci.

- Em 2012 e para vocês:


tudo isto. "and above all this, I wish you love". vivam. façam o que vos der na real gana. sejam felizes e façam os outros felizes. realizem sonhos e façam sonhar. afinal, não é para isso que cá estamos?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

well, friendship actually...


é quando alguém te segue na dor e na alegria; é quando a tua dor é compreendida e "sentida" por outrem; é quando as pessoas se importam e não são egoístas.

todos os momentos são importantes para ela: os bons e os maus. os bons porque lhe trazem alegria e os maus porque, apesar de toda a tristeza inerente, servem para ver quem lhe dá a mão. e por muito doloroso que seja, ela aprendeu quem caminha com ela. não eram as pessoas que tinha como garantidas... eram outras! mas afinal, isto é crescer e ficar forte.

"na saúde e na doença". os casamentos e as amizades. é assim que têm de ser. uma amizade é um casamento. e, por isso, a toda a gente que a apoia, ela agradece; a toda a gente que não a apoia, ela agradece também. porque ficar perto de casa sempre foi muito cómodo e fácil. e porque é mais fácil atacar quem está longe e fica mais frágil, em certos momentos. mas cada marca é uma marca. nas mãos, na cara, no umbigo e no coração. well, friendship actually... não é certa. mas quando se acerta...sabe tão bem!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

(in)sensibilidades

ela teve medo. ela chorou.
nós chorámos em uníssono, umas vezes alto, outras tantas baixinho. a notícia foi um choque, dolorosa e pecava em tudo mas principalmente pela falta de provas concretas e físicas do que se estava a passar. aparentemente, tudo estava bem. aparentemente continuava a ser o meu porto de abrigo, a minha amiga e a pessoa que quase trocou a vida dela pela minha.
mas tudo estava alterado: o porto de abrigo estava instável, inseguro, com medo e a precisar, curiosamente, de se fazer navio, barco ou barcaça e navegar para novos mares rumo à certeza.
passados os tempos de turbulência está a ser, ainda que lá longe e que o meu coração doa de tantas saudades, a prova de que a nossa força e o meu orgulho nela têm a sua razão de ser.
não desistiu por um momento que fosse e por muito medo que tivesse! enfrentou, foi à luta e agora recupera. e aqui não cabe o cliché "recupera aos pouquinhos", porque ela está a ser a minha heroína! a cada dia que passa não há uma vitória, há muitas! a cada dia que passa a força de vontade e o esforço dão frutos.
ainda que estejamos geograficamente separadas e que não possa falar directamente com ela e isso me torture, eu sei de onde vem toda a força e o querer ficar bem de ontem para hoje: quer voltar a ser o porto de abrigo, a amiga e aquela que quase trocava a vida dela pela minha; quer voltar a ter a paz que merece, a felicidade de que usufruímos quando estamos juntas e, sobretudo, quer abraçar-me no Natal.
e eu tenho o coração em pedaços, não consigo dormir e muito me custa manter os olhos sem água, porque... não sei se vou poder retribuir...