segunda-feira, 30 de abril de 2012

ponto de fuga.

este descontrolo que há em mim chega a ser louco: divide-me em metades, esquece as horas e confunde as cidades. este descontrolo que há em mim chega a ser cego: vê-te onde não estás, delira com o que não queres e eu peco. peco por excesso e nunca por defeito; peco por trazer isto dentro do meu peito.  que não sente, que não faz sentido e que é calmo e tranquilo. que pensa em ti nos dias de chuva e te esquece nos dias de sol; que te quer tanto quando te vê, mas quando isso não acontece te lança ao mar como a uma prece. e é no nada que sou tudo e no tudo que não sou. é quando o "sim" é "não", o "não" é "sim" e o "talvez" não deixa de ser uma coisa parecida com "who cares?". sabes? é aí que estou.

sábado, 21 de abril de 2012

01:39

não me peças para te esquecer. se já chegamos até aqui. passou-se algum tempo, eu sei, mas na minha memória foi ontem. o primeiro dia em que nos vimos. e a coisa mais estranha que já senti. não é amor, não sejas louco, mas é algo que mexe com as entranhas e que estranhas por te mexer assim. não é possível, nem tão pouco exequível. porém... basta o querer. basta o apagar de tudo o que ficou para trás e partir do zero: começar uma corrida nova, saltar obstáculos e vislumbrar a meta. (e vê-la a desaparecer. a fundir-se com o horizonte.) o recuperar do fôlego. "podemos dar mais, vá lá, podemos dar tanto ainda!". e a meta aproxima-se. (aproxima-se para, logo de seguida, se perder lá mais para a frente.) qual jogo do gato e do rato, qual quê? o que eu sinto é isto: é esta vontade de ti que não sai de mim e não tem mais nem p'ra quê.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

facto.

"gosto de pessoas que contam as histórias à sua maneira. acredito sempre nelas."

sábado, 14 de abril de 2012

love is a losing game.







fui ali.

se perguntarem por mim diz-lhes que tive de ir. estava na hora e estava a acontecer muita coisa que me impedia de ficar mais algum tempo. aconteceu mesmo o que estás a pensar: saí de mim. parei o Mundo, numa tentativa egoísta de me transcender e bloquear tudo o que se passava comigo. porque era tanto! e era tão pouco, afinal. (vim a descobrir mais tarde.)
sabes, um dos meus defeitos é que raramente aproveito o momento. é isso! nunca estou no "aqui e agora"! a minha cabeça está sempre a pensar no que deixei para trás ou no que quero lá mais para a frente. e o agora perde-se! por muito que me esforce há dias em que a mente não acompanha o meu querer. e depois fico assim: sei onde estive, sei como lá cheguei, sei quem fui; sei onde vou, sei como quero ir e sei exactamente quem quero ser. mas nunca sei onde estou. nunca sei como estou a chegar e muito menos quem sou.
o que eu tenho é uma capa que se molda às gentes. para cada tipo de massa humana, uma roupa diferente. "em Roma sê romana" e é o que tento fazer... mas não consigo! quero acreditar que sim, mas o que procuro e o que sinto está-me sempre à flor da pele e não dá para esconder. se as palavras dizem que sim, a minha expressão facial há-de dizer claramente que é não. porque é, afinal, o que me vai na alma; porque é, afinal, quem eu sou. e eu sou muito mais. "sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura". e trago em mim tanta bagagem! tanto Mundo conhecido e tanto Mundo por conhecer que acabo sempre, invariavelmente, por meter os pés pelas mãos. ainda que o não queira. ainda que me arrependa.
como é complexo ser aquilo em que me transformei! como é difuso ser aquilo em que me transformaram! eu sou eu mais o que me fizeram e o que fizeram comigo; eu sou eu mais o que tu és e o que tu fazes (e que eu gosto tanto); eu sou eu mais o que gosto de ti. ainda que o não saiba. ainda que o não sinta.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

i just want your extra time and your kiss!

numa série muito conhecida diz-se que "nothing good happens after 2 AM". eu tenho uma opinião muito própria sobre isto... que se relaciona directamente com o dia do beijo! quanto a mim, este é o dia ideal para assumir: "I just want your extra time and your...kiss". sintam-se beijados :)*

quarta-feira, 11 de abril de 2012

???


fiz a minha teia.

fiz a minha teia, vou deixar-te pousar.
porque não tenho juízo, porque sou filha de Zen
porque trago comigo mais alguém.
porque tenho na manga cartas de tarot
porque nem sempre mostro quem sou.
e como não gosto de mim e adoro-me de vez em vez
nunca ponho fim à minha estupidez.
porque nunca acabo aquilo que começo
amo tudo aquilo que conheço.
e sempre quero mais, não me contento com nada
são ganancias tais, amar e ser amada.
que me ponho em loucuras e suspiro aventuras
não sai de mim este aperto sem fim.
sou mulher, sou homem, unidos por um nó
faço rir toda a gente, choro quando estou só.
quero ir mais longe, bater contra o vento
quero aprender a lição por um momento.
fiz a minha teia, vou deixar-te pousar.
sou raio de luz, tempestade num copo de água
mas passado um tempo sou coração sem mágoa.
porque sei perdoar, porque errei também
a força que eu tenho ninguém mais tem.
tenho amor para dar e vender
porque me aguento firme... até ver!
porque também sou fraca, aliás sou sempre
era tudo uma farça à tua frente.
porque sei mentir quando a coisa aperta
porque sei fugir na hora certa
mas logo sou apanhada por quem me conhece
não vale de nada quando o amor aquece.
porque além de ser humano
não sou um ser qualquer
nasci com a sorte de ser mulher.
(by Massala)

domingo, 1 de abril de 2012

quero voar, por favor.



"sou a mariposa bela e airosa,
que pinta o mundo de cor de rosa,
eu sou um delírio do amor.

sei que a chuva é grossa,
que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor!"