sábado, 25 de agosto de 2012

eu & a música.

às vezes, parece-me impossível expressar aquilo que sinto. e sinto-me frustrada. mas depois aparece sempre alguma música que fala por mim. e fica tudo bem.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

sweet disposition. contigo.



foi como correr para a liberdade. assim que a música começou, saí do contentor que nos servia como redacção e corri em direcção ao palco. não me contive. porque te senti. senti que estavas ali comigo e que, de mãos dadas, seguimos o instinto. tive outra vez 5 anos e estávamos, na minha cabeça, ao pé do ribeiro. tu estavas sentado na cadeira de sempre enquanto eu fazia barcos com as folhas das plantas. senti a música. arrepiei-me. respirei fundo e fechei os olhos. foi, talvez, o único momento em que saltei de felicidade e cantei até não poder mais. por tudo. por tudo o que ainda não conquistei, mas, sobretudo, por aquilo que já tenho. e que já é muito. a minha felicidade vai-se montando a cada dia que passa. e eu sei porquê. tenho a perfeita noção de que sou abençoada e tenho uma estrelinha a olhar por mim. é por isso que, desde que deixaste de estar perto de mim fisicamente, me resigno com tudo o que acontece. porque sei que não deixas que me aconteça nada de mal; porque sei que os obstáculos que me surgem és tu que os pões no meu caminho porque acreditas em mim e queres que eu cresça. pessoal e profissionalmente. e talvez um dia venhas a ter tanto orgulho em mim como eu tenho em ti. avô*

terça-feira, 21 de agosto de 2012

tudo o que tenho.

tudo o que tenho é intenso.
a correria, o auto-controlo descontrolado, os beijos e os abraços.
a cada momento a sós. fomos um todo. fomos sozinhos, fomos nós.
no meio da multidão.

tudo o que guardo é intenso.
porque os momentos foram de todos, mas todos não souberam dos que eram nossos.
pelos quais suspirávamos com um olhar, com um sorriso. que escondíamos como quem se protege.
pela partilha que, embora pequena, se mexe e nos mexe.

tudo o que tenho é indefinição.
de quem está a começar, de quem não conhece o futuro, mas tem já um passado.
pequeno e que pode ser alargado.
quando os olhares se cruzam e os quereres também. num bocado.

mas tudo o que tenho chega.
como quem bate à porta e o outro não nega.
para sentir a certeza de que, se não chegarmos a ser...
pelo menos... fomos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

só para não estar assim.

tentei descrever um sentimento, sem juízo nem tento, só para não estar assim


peguei no papel, levantei a caneta e, no espelho reflectida, uma imagem minha

olhei-me nos olhos e vi os teus

perdi-me no tempo e agradeci a um deus

(que nao sei quem é, nem sei se existe)

que me tem guiado e se tem esforçado por não me querer triste

e que te pôs no meu caminho

quando eu menos esperava

(não esperava, nem deixava de esperar)

quando mais força eu concentrava.

porque as coisas fortes são assim:

aparecem de chofre

mostram-te que afinal não és forte e que dependes de mim

de mim que te escrevo, de mim que sou prudente e que preciso de ti.