quinta-feira, 24 de junho de 2010

palavras ao vento.

eu não sei falar de amor.
não sei de improviso.
e se falar só por falar, banalizo.

no céu há quem se una,
quem olhe cá p'ra baixo e sorria.
porque, honey, tudo aquilo que quisemos,
alguém já o quis...um dia.

tive de te esconder quando te comecei a descobrir,
sou uma fala-barato, uma pinga-amor,
e como sou assim,
acabaste por fugir.

dizem que não há quem se aproxime,
(a muralha da China mudou de lugar).
mas quem quis e quem soube,
acabou por tudo quebrar.

e é essa força, essa persistência... que preciso de encontrar.



quarta-feira, 23 de junho de 2010

sobre a questão que nos atormenta.


pergunto eu, a todos vocês que me seguem, o seguinte:

-insistir é...?

a) um acto de teimosia;
b) um acto de burrice;
c) um acto de persistência;
d) um sinal de que se gosta mesmo do outro;
e) a mesma coisa que bater com a cabeça contra a parede.

domingo, 20 de junho de 2010

i-m-o-r-t-a-l-i-d-a-d-e

é disto que se fala, meus caros, quando existe habituação. e desde miúda que me habituei a ver certas pessoas por perto ou a ouvir falar nelas. e por esse motivo, quando viajam, há um sentimento de estranheza, tristeza e até mesmo revolta.
desde que nasci que ele sempre esteve lá. ia às minhas festas, aos meus desfiles de Carnaval e estava presente em cada aniversário. é que não falhava um! mais, sempre que me dava na real gana ficava em casa dele. dias ou semanas. conforme os meus pais me deixassem. e não era pêra doce, não senhor, porque eu fazia-lhe trinta por uma linha. mas... ele gostava de mim! amava-me e tinha orgulho em tudo o que eu fazia, daquilo que sou. mesmo quando me mandava levar ovos à minha avó e a meio do caminho eu achava por bem atirá-los contra a porta da garagem. ele arregalava-me os olhos, mas nunca me tocava; ou até quando fingi ter caído ao ribeiro e me escondi atrás da porta da casa-de-banho. os olhos abriram-se numa expressão zangada, achava eu. mas hoje sei que era muito mais do que isso: era o amor da preocupação.
baptizado, todos os Natais, todas as passagens de ano, fins-de-semana, férias pequenas, férias grandes, doença, 1ª comunhão, comunhão solene, desfiles de curso, missa de fim de licenciatura. sempre! toda a minha vida me habituei a tê-lo comigo. e jamais poria em questão que, um dia, tudo isso pudesse acabar.
mas acabou. e acabou quando eu estava no início da realização de um sonho. ele assistiu a esse começo e ficou cheio de orgulho. eu sei. e mesmo quando o sonho foi interrompido, ele esteve sempre comigo. e agora, que o sonho começou de novo, com mais força e mais crer, ele está comigo, eu sei. e sei também que foi e é graças a ele que tudo acontece na minha vida. e por isso não questiono nada. deixo-me ir. porque ele quer o melhor para mim e cabe-me aceitá-lo e retribuir com o mesmo amor, orgulho e força que ele depositava em mim. continuarei a fazê-lo, contra tudo e contra todos. até porque, um dia, nada me vai dar mais orgulho do que dizer-lhe: "conseguimos avô".

quarta-feira, 16 de junho de 2010

sobre as mulheres.

sobre as mulheres tenho a dizer que:

- não gostam de homens mal-educados;
- se não tiverem humor de qualidade é melhor nem chegar perto;
- são vaidosas com'ó raio;
- não gostam de homens que as tratem mal;
- não aguentam muito tempo sem pintar as unhas;
- são de extremos: umas são muito boazinhas e outras umas cabras do pior;
- são extremamente lógicas: tudo tem de fazer sentido, de ter uma explicação e encaixar na perfeição;
- adoram trabalhar, algumas chegam mesmo a atingir a condição de workaholic, tanto quanto adoram passear a roupa que compraram no dia anterior;
- algumas (bastantes) recusam-se determinantemente a serem fofinhas, mas quando se apaixonam, não há mel que lhes chegue aos calcanhares;
- dormem tão bem sozinhas quanto abraçadas a uma almofada;
- são extremamente afáveis e capazes de concertar qualquer coisa em casa (sintonizar a TV, arranjar canalização, etc);
- conseguem irritar-se tanto com'os homens a ver um jogo de futebol;
- vão fazer férias para fora com muito-pouca roupa (se a companhia aérea não as deixar levar muito peso e se não forem com o actual ou futuro-possível namorado);
- são extremamente fiéis com as melhores amigas se estas não pisarem o risco;
- algumas sorriem tanto e são tão felizes que nem toda a maquilhagem do Mundo, roupas do último grito-da-moda e afins fazem com que as outras todas deixem de as invejar!

terça-feira, 15 de junho de 2010

novidades do meu eu.

eu fui a Madrid. fui e fui muito feliz. um dos passos (dos imensos que me faltam dar na minha longa caminhada) ficou, assim, concluído. vi picasso, miró, santiago barnabéu, tirei uma fotografia com o cristiano ronaldo, vi o templo do debod e, no hard rock, vi os sapatos do michael jackson. não mais serei a mesma. guardarei para sempre cada recanto, cada momento de gargalhada, cada momento de exaustão...aprendi que em 3 dias se pode ver imensa coisa quando se tem ténis a rigor. e vontade em consonância.
eu aprendi que no dia de portugal, os portugueses foram todos para fora. a cada 5 minutos estávamos em casa. comemos churros embebidos em chocolate, comemos morangos, comemos cereais, croissants de comer-e-chorar-por-mais, paella, gofres e temos, agora, um sem-fim de aventuras dentro de nós. e quero muito voltar a esse estado.
agora,de volta à vida real, eu quero muito um vestido de princesa para ir ao casamento de outra princesa:); quero muito o meu cabelo comprido de volta; quero muito a minha rêpa; e quero muito aquele abraço.

sábado, 5 de junho de 2010

cada vez mais.

é impressão minha ou cada vez mais reparo que as pessoas andam tão absorvidas nas suas vidas que o vizinho do lado pode estar com alguma embolia-sócio-amoró-financeira que ninguém repara? o que importa é que o Benfica seja campeão, que a Selecção Nacional faça treinos muito além dos 40 minutos e que haja sempre tinto no frigorífico! desde que os umbigos estejam afagados, limpinhos e a brilharem que até dá dó, as outras pessoas podem sofrer a seu bel prazer que ninguém tem tempo, espaço, nem rugas que permitam perder 5 minutos da preciosa vida com elas.
senhoras e senhores, queria ver se estivessem sozinhos numa ilha deserta. aí perceberiam o que é não ter ninguém que se importe connosco. e não, não digo isto por mim! estou bem servida, obrigada. mas custa-me ver pessoas de quem gosto a sofrer...e com pouquíssimos ombros amigos onde pararem...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

jogo de luzes

ela queria o que foi. o que foram. o que sentiu. ele não queria voltar a ser, a querer e a sentir. e porque não queria, não queria mesmo. ao ponto de não se importar com ela. e foi assim que eles terminaram.