segunda-feira, 28 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
intenções.
soube que ele não tencionava ficar muito tempo porque nem sequer a quis conhecer. vivíamos só as duas e, para o bem e para o mal, uma fazia companhia à outra lá em casa. se eu chegava cansada, cheia de energia, triste, contente, com sono ou com fome... entrava e ia logo à cozinha ver como ela estava. e a partir do momento em que nos reencontrávamos a atitude dela mudava: deixava de dormir e punha-se a correr incessantemente na roda... ou pendurava-se com os dentes nas grades (e eu sabia muito bem o que isso significava. era ela a implorar-me "vá, tira-me daqui! deixa-me dar uma corridinha aí fora!"). e eu acedia. está bem, eu sei que é apenas uma hamster, mas ela é "raçada" de cão! gosta de festinhas, de atenção e de companhia. e é assim que tem de ser.
sempre que lá entrou nunca teve curiosidade em vê-la. e quando não se quer conhecer grande parte daquilo que a outra pessoa fala é porque não há a intenção clara e sincera de se permanecer mais do que aquilo que a vida proporcionar: se por acaso esbarrarmos na rua, ele fica. se não... !
sei qual é o caminho que tenho de seguir; sei que tenho de puxar o elástico para o norte quando ele faz força para o sul. só não sei porque raio não consigo voltar a usar a camisola que ficou com o teu perfume!
sempre que lá entrou nunca teve curiosidade em vê-la. e quando não se quer conhecer grande parte daquilo que a outra pessoa fala é porque não há a intenção clara e sincera de se permanecer mais do que aquilo que a vida proporcionar: se por acaso esbarrarmos na rua, ele fica. se não... !
sei qual é o caminho que tenho de seguir; sei que tenho de puxar o elástico para o norte quando ele faz força para o sul. só não sei porque raio não consigo voltar a usar a camisola que ficou com o teu perfume!
sexta-feira, 11 de maio de 2012
salto?
às vezes duvido mais de mim do que de ti. porque, às vezes, também falho. e não há quem mais fique danado comigo, nesses casos, do que eu. eu sou a pior censura que posso ter. e dava tudo para me apoiares e te importares. mas a tua passividade é incrível. diria que nunca nos conhecemos. que sonhei. que inventei. não fossem as provas reais. eu salto se tu saltares comigo. se for para saltar sem ti, não usarei pára-quedas.
domingo, 6 de maio de 2012
perspectiva.
ia ter saudades do cheiro a café que invadia a sala pela manhã. até perceber que, a partir de agora, ia poder fazer O SEU próprio café. perspectivas.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
...
nunca tinha conseguido pertencer a um lugar. ou a uma pessoa de quem gostasse, de facto. porque, para ela, os lugares e as pessoas tinham uma coisa em comum: afastavam-se.
ainda se lembrava da primeira vez que isso aconteceu com uma pessoa. andava no sétimo ano. tal como ainda se lembra de o ter recordado, em voz alta, dentro daquelas paredes. ele estava na varanda. atento e a fumar. apareceu-lhe de surpresa. conversaram mais do que muito. ela confidenciou-lhe mais do que era suposto. para logo de seguida ele se ir embora.
dentro daquelas paredes. onde viveu tanto. ultrapassou muito e estava pronta a confiar. de novo. e sonhou ser tudo. e esteve quase a ser. quase. nova personagem, mesmo argumento. e, às tantas, já ela não sabia dele. só das reticências.
dentro daquelas paredes. junto aos móveis. onde colocou fotografias e pretendia colocar muitas mais. queria encher a casa de caras. das caras que lhe eram familiares. que estavam com ela nas noites menos fáceis. acabou por nunca acontecer. mas ela esteve quase. quase.
ainda se lembrava da primeira vez que isso aconteceu com uma pessoa. andava no sétimo ano. tal como ainda se lembra de o ter recordado, em voz alta, dentro daquelas paredes. ele estava na varanda. atento e a fumar. apareceu-lhe de surpresa. conversaram mais do que muito. ela confidenciou-lhe mais do que era suposto. para logo de seguida ele se ir embora.
dentro daquelas paredes. onde viveu tanto. ultrapassou muito e estava pronta a confiar. de novo. e sonhou ser tudo. e esteve quase a ser. quase. nova personagem, mesmo argumento. e, às tantas, já ela não sabia dele. só das reticências.
dentro daquelas paredes. junto aos móveis. onde colocou fotografias e pretendia colocar muitas mais. queria encher a casa de caras. das caras que lhe eram familiares. que estavam com ela nas noites menos fáceis. acabou por nunca acontecer. mas ela esteve quase. quase.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
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