terça-feira, 18 de outubro de 2011

are the dog days over?

algumas palavras no bloco e memórias em flash. nos últimos tempos tinha acontecido tanta coisa que ela tinha a impressão de ter vivido 15 anos em 4 dias. parecia-lhe tudo tão perto e tão distante e o registo, achava, era a única salvação.
não era masoquista e não queria, de todo, gravar factos que doíam, ainda. queria, porém, sentir que, mais tarde, poderia "voltar atrás" e perceber o que não fez sentido. uma espécie de máquina do tempo que o passar dos anos e a maturidade lhe iriam dar.
aprendeu a confiar cegamente e depressa o pôs em questão. voltou atrás, foi para a frente e duvidou. escreveu, pintou e criou com tudo o que trazia dentro dela. e, por fim, decidiu: seria sempre igual. acreditaria mil vezes, ainda que pudesse vir a ter a sensação de ir contra o mesmo poste mil vezes. era assim a sua essência e não fazia sentido ser de outra maneira.
foi graças à crença nas pessoas que conseguiu apoiar quem mais precisava. foi graças à amizade que esteve lá, reviveu, segurou a mão, abraçou e chorou com ela. ultrapassou-se. fez muitas das coisas que não se achava capaz. tudo por uma amizade em que acreditava. 
será assim sempre. por muito que o feminino mude para masculino e aqueles olhos verdes e covinhas a baralhem.

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